Sahara Ocidental / Bir Lehlu (República Saharaui) – O
silêncio que Marrocos pretende manter sobre as perdas durante os mais de 20
dias de guerra que infligiram contra os saharauis foi rompido neste sábado pelo
renomado jornalista marroquino Mohamed Sadik Maaninou. Segundo Sadik Maaninou, ӎ
horrível descrever as perdas”. O jornalista respeitável, ficou conhecido
durante a guerra entre Marrocos e a República Árabe Saharaui Democrática (RASD),
nos anos oitenta, ao relatar grandes batalhas que o Exército saharaui travou
contra as forças armadas marroquinas, especialmente nas mais destrutivas para
Marrocos, como o desastre da batalha de Zaak, dentro do território marroquino.
Também na batalha de Guelta Zemur, que teve lugar em 1982 em território
saharaui, onde, segundo o escritor marroquino, três aviões foram abatidos no
mesmo dia, enquanto o lado saharaui afirma ter havido seis aviões militares
entre caças e aviões de transporte de tropas.
Apesar de ser uma guerra deflagrada pelos marroquinos contra
os até então pacifistas saharauis, de acordo com informações divulgadas neste sábado
pela agência Saharaui Press Service (SPS), o Exército de Libertação Saharaui
(SPLA) continua pelo vigésimo terceiro dia consecutivo com os seus bombardeios
e ataques às guarnições e entrincheiramentos das forças de ocupação marroquinas
estacionadas em diferentes pontos da geografia saharaui, na parte ocupada do
território.
O Ministério da Defesa Nacional saharaui afirma que
destacamentos avançados do Exército de Libertação Saharaui lançaram vários
ataques com grupos de artilharia pesada, na sexta-feira e hoje, contra as
posições defensivas das unidades marroquinas.
Na sexta os ataques foram contra os militares marroquinos invasores
da área de Graret Remz, perto da cidade de Farsia, na região de Zemur. Estas
posições inimigas foram alvo da artilharia saharaui durante todo o dia.
Ainda na sexta, a artilharia saharaui bombardeou durante o
dia posições e bases das marroquinas estacionadas na localidade de Rus Sabti,
perto de Mahbes, na região nordeste do território saharaui. Ao mesmo tempo, o
exército saharaui mantém bombardeio de artilharia contra as bases marroquinas em
Galb Edlim, próximo à Tichla, e também
em Adeim Um Eylud, cerca de 60 quilômetros ao sul da região montanhosa de
Auserd.
Neste sábado, 5/12, de acordo com o Ministério da Defesa
saharaui, grupos de artilharia do Exército saharaui voltaram a bombardear
unidades das tropas marroquinas entrincheiradas perto de Tichla, dessa vez na
muralha do monte Galb Edlim. O mesmo se deu hoje em Sheidmiya, perto da
localidade de Mahbes.
Enquanto os relatos de guerra do Ministério da Defesa
saharaui revelam consideráveis baixas humanas e materiais nas fileiras das
tropas marroquinas, até este 23º dia de guerra, a imprensa marroquina é mantida
calada por seu Governo, e até agora permanece em silêncio sobre as perdas
infligidas contra seu exército.
Fontes:
https://poemariosaharalibre.blogspot.com/2020/12/la-guerra-de-liberacion-en-el-sahara.html
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