terça-feira, 24 de novembro de 2020

Guerra no Sahara: Representante Saharaui atualiza e Itamaraty defende Marrocos.

 




O diplomata saharaui indicado para o Brasil, Embourik Ahmed, atualiza como está a situação na guerra provocada pelo Marrocos ao invadir território saharaui independente e livre, na região de Guerguerat. Embourik, vale ressaltar, é um diplomata indicado para o Brasil porque até hoje, 45 anos depois da invasão do Marrocos ao Sahara Ocidental, não tem o reconhecimento do Brasil como uma Nação Independente, apesar de reconhecer a Frente Polisario, como seu Exército Nacional. Ou seja, absurdamente, o Brasil não reconhece um país, mas reconhece o Exército que o defende.  Apesar do Exército Brasileiro fazer parte da Missão de Paz das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO), a diplomacia brasileira, através do Itamaraty, não se posiciona de forma definitiva contra as violações marroquinas e nem mesmo sobre  o reconhecimento a República Árabe Saharaui Democrática (RASD), oficializando a abertura de sua Embaixada da RASD no Brasil e a vinda de seu quadro diplomático.

O Jornalistas Livres conversou com Embourik Ahmed e recebeu uma posição brasileira que também se mostra uma outra violação aos direitos saharauis. 


Nós do Blog aguardamos, desde o dia 18/11, uma resposta do Itamaraty sobre o conflito e, ainda mais agora, que encaminhe uma resposta que avance como um comunicado mais detalhado e respeitoso em relação à soberania da República Árabe Saharaui Democrática (RASD).



De acordo com o Jornalistas Livres, o Itamaraty de refere à ilegalidade criada pelo Marrocos no território saharaui, chamada de Brecha de Guerguerat, como uma coisa legal, quando não é. Marrocos viola Acordos e viola os Direitos Humanos há 45 anos. Durante todo este tempo, explora ilegalmente fosfato e pesca de forma ilegal, roubando os saharauis e vendendo essas riquezas para os demais países do Mundo, incluindo o Brasil. Somos receptadores de cargas de roubadas, de riqueza natural saharaui roubada pelo Marrocos e comprado por empresas brasileiros com o conhecimento e consentimento do Governo Brasileiro.


A nota do Itamaraty, segundo os Jornalistas Livres, diz o seguinte:

"O Brasil espera que sejam asseguradas de maneira desimpedida o tráfego e os fluxos comerciais de Guerguerat".

Lamentavelmente, a diplomacia brasileira defende Marrocos e tenta legalizar um crime marroquino.


Acompanhe a entrevista feita pelos colegas do Jornalistas Livres:






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